Paola Müller
Strategy Director
Internet e espaço para trabalhar são indispensáveis, assim como explorar experiências locais. A coragem e o apoio são o combustível para essa aventura íntima e transformadora.
Sim, um ano de verão. Esse é o conceito que envelopa uma intensa jornada de aprendizado, liberdade, responsabilidade, desapego e abertura.
E o verão aqui não significa apenas viver em uma estação. Eu tô falando de um estado de espírito, de dias ensolarados de pura energia, de mais vida ao ar livre e menos telas, de poder correr pro mar no horário de almoço, e é claro, de uma mala simplificada o suficiente para apenas ir.
Ao longo desses meses, fui aprendendo algumas coisas que agora podem ser úteis (ou no mínimo curiosas) para quem quer se aventurar por aí.
A primeira delas é que a vida da gente pode ser muito leve.
Quantas vezes a gente vai viajar e leva um monte de roupa que não usa? Acredite, o mais importante cabe numa mala de 10kg.
Sal e filtro de café. É o kit sobrevivência que eu carrego na mochila. Alguns airbnb 's são incríveis. Outros, embora prometem tudo, não entregam nem o básico.
Por falar nisso, internet e local dedicado para trabalhar são filtros de busca tão ou mais importantes que o tipo de acomodação.
Hotel, pousada, hostel, apartamento inteiro, quarto privativo, quarto compartilhado, colchão na sala… não existe o lugar perfeito pra ficar. Vai depender do bolso, das companhias, da vontade de socializar, do quão turística é a cidade, do quão local é a experiência que se deseja e até da agenda de trabalho.
Você vai descobrir que quase toda cidade tem uma lavanderia 24h. Inclusive, a transformação digital passou por aqui e você vai ter no mínimo dois aplicativos diferentes para lavar roupa.
Sobre viver na praia, a dica é: tenha um bom protetor solar. E se alongue o suficiente para conseguir passá-lo nas costas de forma independente (e eficaz haha).
Essa é especialmente pras mulheres: chegue no seu destino durante o dia. À noite tudo pode ser mais difícil (e perigoso). Mas creia que a sorte acompanha as audazes.
Há experiências locais que merecem ser vividas: ir no supermercado que não é daquela grande rede, no PF que os trabalhadores vão (sempre tem uma comida caseira massa, barata e verdadeiramente local), numa padaria e pedir o café da manhã da casa e um samba ou forró no final de semana (sempre tem um, sempre dá bom e sempre se conhece gente nova e local. resultado: repertório ampliado e memórias criadas!l).
Mas e pra começar, o que precisa? Se eu fosse resumir, eu diria só uma coisa: CORAGEM!
E se você tiver a sorte de ter uma liderança que apoia suas decisões, aí é ouro! (ps: obrigada, Roberto!)
Por hora, a última coisa que eu preciso dizer: Nomadismo NÃO É FÉRIAS! E quem vê Instagram, não vê Wrike. Eu sempre trabalhei e continuo trabalhando muito, produzindo muito e entregando tudo e mais um pouco. Para quem gosta de números, são mais de 25 pessoas sob minha gestão, três áreas distintas, em média 5 reuniões por dia, facilmente duas concorrências/propostas por semana, chegando a ter 15 tasks ao mesmo tempo. O residual aqui é que se você é ponta firme, não importa muito o lugar onde você está. Esse texto, por exemplo, foi escrito dentro de um avião.
O que eu acredito é que tudo é uma questão de equilíbrio e disposição. Por isso, compre logo aquela passagem e apenas vá!